Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central cortou hoje a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, de 3,75% para 3% ao ano. É o menor patamar desde o início da série histórica, em 1996. A decisão foi unânime. O comitê argumenta que, neste momento, a economia requer “estímulo monetário extraordinariamente elevado”, mas deixou em aberto a possibilidade de novos cortes nos juros. A trajetória fiscal ao longo do próximo ano será decisiva “para determinar o prolongamento do estímulo”, explicou o comitê.
Para entender melhor essa relação, é importante frisar que a Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa média de juros paga pelo governo brasileiro em empréstimos tomados de instituições bancárias. Ou seja, quando esta taxa aumenta, os bancos tendem a comprar títulos do governo.
Pois, dessa forma, aumentam seus rendimentos. Já quando a Selic abaixa, essa redução estimula os bancos a emprestarem dinheiro diretamente ao consumidor. Afinal, o empréstimo de mais dinheiro para o consumidor aumenta a oferta de capital disponível no mercado.
É igualmente importante ressaltar que é a Selic que regula, ainda que indiretamente, outras taxas de juros que temos no Brasil. Como, por exemplo, as taxas de poupança, crediário, cartão de crédito, financiamento (inclusive o imobiliário!).
Quanto menor a taxa, mais dinheiro tem circulando no mercado. Além do mais, com essa redução, o consumo é estimulado e os juros ao consumidor também caem. Isso aumenta tanto o volume das compras a prazo quanto o volume de financiamentos.
Bancos cortam taxas de financiamento de imóveis
Para conquistar o mercado, bancos brasileiros cortaram taxa de financiamento de imóveis. O acontecimento mostra a iminente retomada do mercado imobiliário em 2020. “Com o aumento da confiança dos consumidores, estamos percebendo uma retomada, o que é uma ótima notícia para o setor e para o país.